Um exemplo deste sistema é o Parque Nacional de Yellowstone, nos EUA, quando lobos foram reintroduzidos em 1995. Todos sabemos que os lobos são carnívoros e por isso matam várias espécies de animais. Mas talvez estejamos menos conscientes de que dão vida a muitos outros.
Antes dos lobos serem reintroduzidos em Yellowstone – tinham estado ausentes 70 anos – o número de veados aumentou imenso, porque não havia nenhum animal que os caçasse. Apesar dos esforços humanos para controlar os veados, eles conseguiram destruir grande parte da vegetação.
Quando o lobo foi reintroduzido, apesar de serem poucos, o seu impacto foi marcante. Primeiro eles mataram alguns veados, mas isso não foi o aspeto principal. Muito mais importante, eles mudaram radicalmente o comportamento do veado.
Os veados começaram a evitar os locais do parque onde poderiam ser apanhados mais facilmente pelos lobos, como os vales, e imediatamente esses locais começaram a regenerar-se. Em alguns locais, a altura das árvores quintuplicou em apenas 6 anos! E com as árvores chegaram os pássaros e os castores.
Mas o mais interessante foi que os lobos mudaram o comportamento dos rios.
Os lobos também mataram alguns coiotes, e como resultado o número de coelhos e ratos aumentou, o que significa mais falcões, doninhas, raposas e texugos.
Mas o mais interessante foi que os lobos mudaram o comportamento dos rios. Estes começaram a serpentear menos, havia menos erosão. Isto aconteceu devido à regeneração da floresta, que conseguia estabilizar melhor às águas, devido às árvores, havendo menos derrocadas.
Quando uma das espécies desaparece pode provocar graves danos no equilíbrio dos ecossistemas.
Infelizmente, em Portugal, o lobo-ibérico encontra-se apenas em duas zonas do país e está “em perigo” (EN) de extinção. Apesar dos esforços de conservação, tanto em Portugal como em Espanha, e de ser ilegal, este animal continua a ser abatido por caçadores, em 2013 foram abatidos 5 lobos num grupo de apenas 300.
Apesar de tudo, a população de lobo está a aumentar em Portugal, na zona de entre o sul do Douro e o norte do Tejo, um fenômeno que também se verifica noutros locais da Europa, disse Francisco Fonseca, o presidente do Grupo Lobo.
Se quiseres ajudar podes apadrinhar um dos lobos do Centro de Recuperação do Lobo Ibérico! Contacta o Grupo Lobo – Associação para a Conservação do Lobo e do seu Ecossistema.
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